dezembro 2007


Estamos passando a data que comemoramos o Natal, festejamos com nossos familiares, com nossos amigos, celebramos a data que para nós cristãos significa relembrarmos o nascimento de nosso salvador Jesus Cristo.

Muito já se falou da transformação desta data em apenas um dia de consumismo extremo, o comércio comemora essa data como uma das melhores do ano, não por seu significado religioso, mas sim por seu significado econômico.

Mas para nós cristãos como deve ser vivida essa data?

Claro que deve ser um momento de alegria e celebração, festividades, mas também um momento de reflexão.

Quando estava meditando nestes pontos achei interessante o Natal ser tão próximo da virada do ano…, Mas também é uma oportunidade.

Geralmente a chegado do fim do ano e a proximidade do ano novo nos leva a pensar no ano que passou e nos enche de esperanças para o ano que vai chegando.

E pensei que o natal também é isso, e olharmos para o que somos, o que fizemos e como agimos e ver no nascimento de Jesus a esperança e redenção.

Na Bíblia nos é relatado o nascimento de Jesus, Mateus nos relata o seu nascimento, a visita dos magos e a fuga para o Egito, Marcos já é mais sucinto relata a vida de Jesus a patir do seu batismo, Lucas relata até antes nos coloca na anunciação do nascimento de João Batista e de Jesus, e por fim João nos leva ao um período anterior, nos leva ao eterno, a um começo sem início, nos situa Jesus junto ao Pai: João 1.1 “No começo aquele que é a Palavra já existia, Ele estava com Deus e era Deus”.

Na época em que Jesus nasceu, havia uma grande expectativa no ar, a tempos os Judeus esperavam o Messias, o grade Rei, aquele que iria livrar-los do julgo dos romanos, das grandes dificuldades que passavam, esperavam aquele que iria lhes devolver a glória passada. Para eles era muito difícil servirem a YAHWEH, que era soberano que os tinha como seu povo e estarem sobre as ordens de uma outra nação, que adorava ídolos, deuses e homens, que tinham o seu próprio Rei-Deus, uma vez que os césares tinham o status de divindade.

Mas estas expectativas foram contrariadas no nascimento de Jesus.

Texto : Lucas 2: 1-20 – O Nascimento de Jesus e a visita dos pastores.

É neste contexto que Jesus nasce, num lugar humilde, sem pompas, anunciados a pastores ( que normalmente não eram pessoas de muita importância na ordem social de Israel) mas a mensagem que estes recebem é muito significativa : Nasceu hoje um Salvador, que é Cristo-Senhor.”

Neste momento é anunciada de forma simples, a esperança para o povo e a redenção para o homem.

No Dicionário Aurélio redenção significa

Ato ou efeito de remir ou redimir.

2.Ajuda ou recurso capaz de livrar ou salvar alguém de situação aflitiva ou perigosa.

3.Rel. A salvação oferecida por Jesus Cristo na cruz, com ênfase no aspecto de libertação da escravidão do pecado.

Desta forma o fato histórico do nascimento de Jesus, torna-se uma fato atemporal, ou seja, eterno, a simbologia e o significado no Natal está em podermos nos apropriar da esperança e da redenção.

Assim como na época em que nasceu Jesus, hoje também temos a necessidade da esperança, esperança em um mundo melhor, esperança em uma vida melhor e na esperança de sermos pessoas melhores… Necessitamos sim da redenção que é apontada no nascimento de Jesus e consumada na Cruz, necessitamos dela a cada dia, é somente através desta redenção que podemos ter esperança no amanhã e em nós mesmos.

É então com a mesma humildade do nascimento de Jesus que devemos fazer do natal um momento de reflexão em nossas vidas, Jesus na manjedoura acena com a possibilidade da salvação do homem, da sua redenção e é através disso que podemos olhar para o amanhã com esperança renovada, a esperança de que somos perdoados e aceitos por Cristo, esperança que Jesus está sempre com a mão aberta para nos resgatar, que apesar de todos nossos erros, falhas, mesquinharias, de sermos tão maus, aquela criança em Belém assim mesmo acredita que podemos mudar, nos oferece esperança, esperança não em sistemas políticos, religiosos ou econômicos, mas oferece esperança em nós mesmos.

Tão importante quanto crer em Jesus, é entendermos que Jesus crê em nós, por isso morreu na cruz, morreu por nós.

Havia postado o texto abaixo em no meu blog antigo, em 07 de setembro de 2006, se não me engano havia ocorrido o roubo de mapas e livros raros no na biblioteca do Rio de Janeiro, mas a festa continua…. é incrível o descaso com a coisa pública, garanto que se estas obras estivessem nas mãos de colecionadores particulares a segurança seria bem reforçada, um patrimônio de milhões, aliás de bilhões de Reais, disponíveis para qualquer ladrão se apropriar…. até que pela facilidade está se roubando pouco…

Leia a matéria no site do estadão.

O saque do Masp

O Descaso com a Cultura.

É revoltante o estado de descaso com que nossos museus e centros de artes são tratados, não há segurança, e em muitas vezes sequer condições ideais para manutenção do patrimônio.
Como pode se admitir que pessoas saiam de um museu com obras sem serem notadas? (isso está virando uma rotina…).
Como é triste constatar que o nosso País não consegue manter o seu patrimônio cultural em segurança…., bem não consegue nem manter as pessoas em segurança…

Por incrível que pareça a solução para a miséria (falo aqui de miséria econômica) no mundo não é deixar os pobres mais ricos, mas sim os ricos mais pobres…. Parece loucura não? Mas não é. Não há como continuarmos gerando riquezas e desenvolvimento nos mesmos patamares para toda a população, o planeta não agüenta ser explorado com tanta ferocidade, então não adianta aumentarmos a produção a cada ano que passa, não estamos criando riqueza, estamos nos matando, lentamente.

Uma vez que por mais que a produção aumente, ela fica concentrada nas mãos de poucos, claro que podemos notar que há uma melhora na qualidade de vida, não generalizada é claro, mas o fato é que o resultado para a maioria da população é pequeno pelo preço que iremos pagar.

Logo, a teoria desenvolvimentista de crescimento exponencial a cada ano para sustentar a economia não vai funcionar por muito tempo…

Então se os mais pobres não podem melhorar de vida pelo aumento da capacidade de produção, cabe diminuir a riqueza dos 3% da população….

Calma pessoal… são apenas conversas ao vento…

Mas cabe perguntar, qual a solução para o beco em que estamos entrando? A “teologia” capitalista diz que não há outro mundo possível fora das suas teorias econômicas, e que este é o único caminho que podemos trilhar… o problema que no fim deste caminho há um precipício e não um vale florido.

Em breve estaremos disponibilizando a estrutura de um fórum para debates, você gostaria de ver algum assunto ser debatido?? mande suas sugestões para :

roberto.r67@gmail.com

Outra novidade é que em breve estaremos disponibilizando pequenos estudos em vídeo. Aguardem.

Assisti na semana passada a palestra “Uma perspectiva feminina” da Teóloga Maria Lina Boff, sobre como a perspectiva feminina pode interferir na percepção das manifestações da tradição religiosa cristã e as possibilidades de transcendência através destas conexões.
Maria inicia falando como o A.T. se relaciona com o sagrado, com relação as pessoas, templo e ações, depois contrapõe com o N.T. que abandona a estrutura do sagrado, pelo menos com relação ao “formalismo” do A.T. Em continuidade a teóloga apresenta a a questão do sagrado e o profano afirmando que Jesus “dessacrelizou” o sagrado, e desta forma acabou confrontando os judeus.
Contextualizando a mensagem e a questão do sagrado, Maria passa pelos principais pensadores e correntes do pensamento, falando sobre o pensamento de Durkein e o sagrado na origem das sociedades, Rudolf Otto e o sagrado como numinoso, como valor e categoria, a priori do espírito do ser como indivíduo, por fim explora o pensamento de Jung e sua afirmação de que a divindade habita dentro do ser humano e o envolve. Todas estas questões foram exploradas pelo ponto de vista feminino o que enriquece em muito a questão espiritualista.

Hoje, na tv cultura será apresentado :

Transcendência e Ecoglobalização

O economista Marcos Arruda trabalha o conceito de transcendência ligado à idéia de utopia. Ele faz relações entre o divino, consciência e religiões ligando tudo com o atual modelo de globalização. Em seguida ele apresenta sua visão sobre os danos causados pela globalização e apresenta uma abordagem alternativa aos problemas que ela criou. Marcos Arruda é doutor pela Universidade Fluminense e educador do PACS (Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul).

Não perca ás à 00h10 vale a pena dormir um pouco mais tarde….

” A informação é nossa arma, e ela está disponível para quem a deseja, basta buscarmos.”


Este é um texto antigo meu que eu acho interessante reler nesta época do ano, afinal as velhas “questões” volte e meia ressuscitam…

Hoje está se criando uma doutrina em algumas igrejas em que não se deve celebrar o Natal, porque era uma festa pagã, porque não se sabe exatamente em que dia e mês nasceu Jesus, e porque sei lá o que mais…

Para mim o Natal sempre teve apenas um significado, ( e isto desde a época que era católico…), o nascimento de Jesus. Após convertido, essa data passou a ter um significado maior, era da data em que comemorava-se o nascimento do meu Redentor, Aquele que morreu pelos meus pecados, é a data em que lembro que Deus, fez-se homem, o Todo-Poderoso criador dos céus e da terra, nasceu e habitou entre nós.

Vejamos inicialmente algumas definições da palavra Natal:

Natal : adj. – 1. onde ocorreu o nascimento. 2. relativo ao nascimento. 3. ( inicial maiúscula.) dia do nascimento de Cristo – natalino. Adjetivo

Dicionário Houaiss . Org. Antônio Houaiss – Ed. Objetiva. 2001 – 1ª Ed. Rio de Janeiro – RJ.

Natal : Adj. 1. Relativo ao nascimento. 2. Onde ocorreu o nascimento. 3. Dia do nascimento. 4. Dia em que se comemora o nascimento de Cristo (25 de dezembro).

Dicionário Aurélio – Ed. Nova Fronteira – 1998 – São Paulo – SP.

Hoje a data em que se comemora o nascimento de Jesus, deve servir para meditarmos na Palavra de Deus, de pensarmos se estamos sendo humildes e simples como o nosso Mestre, e para evangelizarmos.

Sabemos que o mundo de uma forma geral celebra o natal comercial, a oportunidade de aumentar as vendas, a oportunidade de ganhar alguma coisa, de bebedeiras e excesso de comidas…

Mas porque o mundo pensa assim devemos deixa-los a sua sorte? Devemos abandona-los? Retirar-nos cabisbaixos dizendo não temos nada a comemorar?

NÃO !!!! Temos muito o que comemorar, o Redentor do mundo nasceu…., Deus comemorou, a estrela de Belém, ficava anunciando este fato, e os reis magos, alegraram-se, prepararam-se e levaram presentes para o Salvador.

Muitos afirmam : “ O Natal não importa…” , pra mim estão dizendo “ O Nascimento não importa…”, sem nascimento não haveria a morte !!!

Se o nascimento ( o natalício ) não fosse importante não seria mencionado na Bíblia :

Mateus 2.1-2 “1.Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2. E perguntavam; Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adora-lo”

Lucas 2.8- 14 “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o se rebanho durante as vigílias da noite. 9. E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles e ficaram tomados de grande temor . 10 O anjo, porém lhes disse: Não temas: eis aqui vos trago boas novas de grande alegria, que o será para todo o povo. 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e ditada em manjedoura.

13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:

14 Glória a Deus nas maiores alturas,

e paz na terra ente os homens, a quem

ele quer bem. “

Pastores, Reis Magos, Anjos, todos estavam comemorando o nascimento de Jesus.

Quanto a data ( o dia, ou mês) vejamos o que diz Champlin:

“A primeira evidência histórica de que dispomos para a celebração do dia do nascimento de Cristo nos chega da época de Hipólito, bispo de Roma, na primeira metade do séc. III D. C A princípio, ele escolheu a data de 2 de janeiro como dia dessa celebração. Outros escolheram datas como 20 de maio, 18 ou 19 de abril, e 25 ou 28 de março. Antes disso , por algum tempo 6 de janeiro fora observado como a data do nascimento espiritual de Cristo, ou seja, como a data em que ele foi batizado por João Batista. (…)O mundo pagão celebrava a festa de Dionísio neste dia, uma celebração associada a duração maior dos dias. (…); entre os anos de 325 e 354 D. C a festa do Natal foi transferida para o dia 25 de dezembro.

Razões da Celebração a 25 de Dezembro.

Alguns supõe que foi o imperador Constantino quem estabeleceu o dia do Natal a 25 de dezembro, para substituir a festa pagã em hora ao sol. Nesse caso o Sol toma lugar do sol, o que se reveste de certa lógica, porquanto Ele é a Luz do mundo(…). Por conseguinte talvez tenha sido próprio para o império romano substituir uma festa pagã por uma celebração que tinha mais sentido para os cristãos do que a celebração das meras forças da natureza. (…)[1]

É como se o governo brasileiro substituísse o Carnaval ( a festa da carne ), por um desfile em reverência a Jesus ( uma festa do espírito.), e para lembrar que ao invés da festa carnal que o povo fazia antes, hoje fazemos uma festa à Deus, manteve-se a mesma data. Isso seria ruim? Você acharia isso mal e não participaria?

Amados, vamos celebrar ao nascimento de Jesus, o Redentor que nos libertou da Lei, não vamos procurar “novas leis”, não vamos deixar o “mundo” acabar com está celebração. Ao invés de ficarmos reclamando de que está data virou uma data do consumismo, vamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal : ”Glória a Deus nas maiores alturas,e paz na terra ente os homens, a quem ele quer bem”. Não vamos “fugir” e entregarmos está data definitivamente ao inimigo, para ele seria muito melhor que ninguém comemorasse o nascimento do Redentor, que todos esquecessem está data, e pior, que lhe devolvêssemos esta data.

A Paz de Cristo.

Roberto Rohregger

[1] Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vl 04 – R. N. Champlin, Phd. D. – Ed. Hagnos. 5ª Ed. – 2001 – São Paulo – SP

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